Mamoplastia de Aumento
O que é a Mamoplastia de Aumento e qual sua indicação
A Mamoplastia de Aumento é a cirurgia plástica que tem o objetivo de aumentar o volume e tamanho das mamas através do implante de próteses de silicone. É indicado, principalmente, às mulheres que estão insatisfeitas com seios pequenos e querem tê-los maiores e com uma forma mais arredondada e projetada. Segundo os resultados da Pesquisa Global ISAPS (Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética), é o procedimento estético mais realizado no mundo.
A cirurgia pode, também, restaurar o volume mamário perdido após a redução de peso, que perdeu consistência ao longo dos anos e que se esvaziou após gravidez e amamentação. Pode ser utilizada quando uma ou ambas as mamas não estão perfeitamente simétricas e/ou alinhadas ou quando precisou retirar a mama ou parte dela devido ao câncer ou trauma.
Gravidez, perda de peso e menopausa podem influenciar na aparência dos seios submetidos à cirurgia de aumento das mamas. Se a mulher engravidar após o procedimento, não há prejuízo à amamentação. Porém, nesta situação, é comum os seios diminuírem e sofrerem uma pequena queda. Se necessário, fazemos uma correção cirúrgica.
A Mamoplastia de Aumento é uma boa opção para a mulher que tem expectativa realista e toma a decisão para satisfazer a si própria. É muito importante ela estar fisicamente saudável, ter os seios totalmente desenvolvidos e estar o mais próximo possível do peso ideal para seu biotipo.
Tipos de implantes utilizados na Mamoplastia de Aumento
Atualmente, há uma variedade de tipos de implantes mamários que atende, praticamente, a todas as necessidades e preferências da paciente, entre as quais:
Material – As próteses mamárias que utilizamos na Mamoplastia de Aumento são as feitas de gel de silicone de alta coesividade que, além de ter a consistência do tecido mamário natural, é à prova de vazamento. Todas aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Textura – A textura do implante ajuda a aumentar sua adesão aos tecidos, principalmente quando ele é subglandular. As texturas das próteses vão de completamente lisas até demasiado texturizadas. As que usamos são as microtexturizadas, estatisticamente as que menos causam contratura capsular e rejeição.
Forma – A prótese redonda é mais apropriada para mulheres que tem algum tecido mamário. Ela deixa o colo mais marcado. A cônica, indicada para mulheres que apresentam leve grau de queda, projeta a mama para frente e a deixa empinada. É mais recomendada para mulheres que têm o tórax estreito e os seios naturalmente pequenos. A anatômica (ou em gota) deixa com o formato de uma mama natural. Tem ótimos resultados nos casos de reconstrução mamária após a mastectomia.
Perfil – Para mulheres com um tórax mais largo e com um pouco mais de mama, o perfil indicado é o baixo ou moderado. Para as mulheres com pouco volume no colo e tórax mais estreito, a melhor opção é o perfil alto que confere projeção e volume.
Volume – Altura, contorno curvilíneo ou reto do corpo, largura dos ombros e do tronco, medida do quadril e tipo de pele são alguns dos fatores considerados na escolha do volume de cada mulher. Assim, próteses com mais de 400 ml ficam melhores em mulheres altas, com tórax e quadril mais largos.
Sobre o procedimento
Antes de comparecer à primeira consulta, aconselhamos a você ler a página Como se preparar para um procedimento. Se a Mamoplastia de Aumento for indicada, iniciamos o planejamento cirúrgico junto à paciente e sob medida determinado pelas suas particularidades anatômicas, tipo de implante e o volume desejado. Levante o máximo de informação sobre o histórico familiar de câncer de mama e separe os últimos resultados de mamografias e biópsias.
Dependendo da complexidade, solicitamos a realização de exames laboratoriais, de imagens e cardiológicos, além da consulta com o anestesista em casos específicos. Passamos todas as informações necessárias para o pré e pós-operatório e ficamos à disposição para esclarecer todas as suas dúvidas.
O procedimento leva, em média, 2 horas. Pode ser realizado sob sedação intravenosa e anestesia geral.
Quando a colocação da prótese é a subglandular – sob a glândula mamária e sobre o músculo peitoral – fazemos as incisões pela via inframamária, no sulco entre o seio e o tórax. Esta técnica permite a inclusão de implantes de diversos tamanhos e a cicatriz fica escondida.
Podemos optar pelas incisões pela via periareolar, feitas ao redor das aréolas, principalmente se elas são grandes e disformes e há a indicação de correção. Pela via periareolar, há limitação do volume da prótese. Colocação subglandular é uma boa opção se o seio já tem pouco de volume. Tem uma recuperação curta e menos dolorida.
Quando a paciente é magra, tem seios com pele fina e pouco tecido mamário, optamos pelo implante submuscular colocando a prótese sob o músculo peitoral. A primeira opção é fazermos as incisões pela via inframamária cuja cicatriz fica bem discreta no sulco da mama.
Quando a paciente deseja que a região das mamas não tenha cicatrizes, fazemos as incisões pela via transaxilar, pela axila. Colocação de implante submuscular é contraindicado quando há risco familiar elevado de câncer de mama e quando a prótese é de maior volume. Tem uma recuperação um pouco mais longa e dolorida.
Se for necessário corrigir seios severamente caídos, podemos associar a Mamoplastia de Aumento à Mastopexia.
Fechamos as incisões com suturas em camadas, podendo associar adesivos de pele, fitas, clipes ou cola, e finalizamos com curativos. Dependendo do caso, um dreno é inserido. Vestimos o sutiã pós-cirúrgico que deve ser adquirido antes da cirurgia.
Se a paciente deseja um aumento discreto, pequena projeção ou apenas correção de pequenas assimetrias mamárias, a Mamoplastia de Aumento pode ser realizada sem implantes. Neste caso, utilizamos a transferência de gordura autógena (retirada do próprio corpo) e aplicamos as técnicas da Lipoescultura nos seios. Quando pode proporcionar uma resultado melhor, o implante das próteses mamárias e a transferência de gordura são associados.
Contratura capsular
O sistema imunológico do corpo cria uma película cicatricial em volta das próteses mamárias, chamada de contratura capsular. Nas devidas proporções, esse encapsulamento é esperado e até é importante para fixar a prótese. Pode se tornar um problema quando a contratura capsular produz fibrose intensa e rígida a ponto de enrijecer as mamas, deixá-las assimétricas (normalmente, o problema é unilateral), apertar e deformar a prótese e até dor. Esse problema é cada vez mais raro de acontecer.
De acordo com artigo publicado no site da RBCP (Revista Brasileira de Cirurgia Plástica), além da reação exagerada do organismo, traumas, hematomas, infecção e vazamento de silicone podem estar relacionados com uma resposta mais agressiva do corpo. O tratamento varia de medicamentos para sintomas mais suaves até o explante da prótese com o encapsulamento cicatricial.
Quando fazer uma nova Mamoplastia de Aumento
Do ponto de vista do tempo de validade, atualmente, as próteses implantadas na Mamoplastia de Aumento têm chances mínimas de precisarem ser trocadas. No entanto, é fundamental fazer as consultas periódicas ao médico, fazer os exames para verificar as condições das próteses, bem como cuidar da saúde em geral. Em alguns casos, elas podem precisar de ser trocadas, principalmente aquelas utilizadas em procedimentos antes de 2010, quando ainda tinham os tradicionais 10 anos de vida útil.
Há outras situações em que a substituição do implante mamário de silicone é indicada. Seja por moda, incômodo, estética ou até fase da vida, algumas pacientes substituem suas próteses mais volumosas por novas menores, mais naturais.
Quando comprovadas as contraturas capsulares de níveis III e IV, a substituição é indicada. No caso de ruptura do implante, sangramento e/ou infecção, causados ou não por traumas, indicamos trocá-las também.
Estudos realizados em todo o mundo apontam que a inclusão de próteses de silicone nas mamas não aumenta as chances de desenvolver câncer. Porém, ratificado o diagnóstico para o linfoma de células gigantes da mama – um câncer muito raro -, o protocolo para a mulher é o explante das próteses, caso ela os tenha. Neste caso, não indicamos refazer uma nova Mamoplastia de Aumento.
Pós-Operatório e Resultado
Geralmente, a paciente fica internada 1 dia. Passamos um cronograma para troca dos curativos e a retirada do dreno e dos pontos, o que pode levar de 3 a 5 dias. Passamos, também, a quantidade das sessões de drenagem linfática manual que devem ser feitas antes e depois do procedimento.
Nos 2 primeiros dias após a cirurgia, permaneça deitada com o tronco elevado a 30º ou sentada, braços junto ao corpo. Dor, inchaço, desconforto, sensibilidade e hematomas na área operada são possíveis efeitos colaterais – tanto do implante subglandular como o submuscular – que diminuem com o passar das cerca de 3 a 4 semanas de recuperação. Nas 4 próximas semanas dormir com a barriga para cima, com os braços ao longo do corpo e o tronco elevado para ficar mais confortável.
O sutiã pós-cirúrgico adequado (alças elásticas, sem aro e ajustáveis) deve ser usado o tempo todo, por 45 dias, exceto para tomar banho. Depois, por mais 45 dias na maior parte do tempo, podendo ficar em torno de 4 horas diárias sem usá-lo. Ele ajuda a diminuir o inchaço e sustentar e modelar as mamas.
Geralmente, a volta ao trabalho (sem esforço físico, o de escritório ou home office) se dá após 1 semana da Mamoplastia de Aumento. Volta à rotina entre 3 e 4 semanas, evitando movimentos bruscos ou de grande amplitude dos braços, não os erga além da altura dos ombros e não faça qualquer atividade que possa forçar muito a região das mamas.
As atividades físicas mais intensas com impacto como corrida, esportes de contato, uso de roupas justas (camisas e blusas), dança, musculação e até dirigir, após avaliação. É importante que as incisões cirúrgicas não sejam submetidas à força excessiva, à escoriação, ou ao movimento durante o tempo de cicatrização.
Evitar ao máximo exposição solar direta na região operada, mesmo com roupas, por pelo menos 3 meses. O uso de um protetor solar de boa qualidade e acima de 50 FPS (fator de proteção solar) é fundamental a partir da retirada dos curativos e ao longo da vida.
O novo contorno das mamas pode levar, pelo menos, 12 meses para ser redefinido completamente. As cicatrizes resultantes das incisões são permanentes, mas na maioria dos casos desaparecem e melhoram significativamente até atingir a sua aparência definitiva em 2 anos. Algumas delas ficam ocultas nos contornos naturais das mamas ou podem ser escondidas sob um maiô ou sutiã.
O resultado varia de paciente para paciente. No entanto, o aumento do tamanho da mama propicia uma aparência melhorada. Ao longo do tempo, os seios podem mudar devido ao envelhecimento, flutuações de peso, fatores hormonais e gravidade. Recomendamos alimentação equilibrada, estilo de vida saudável e exercícios físicos para a manutenção por vários anos do resultado alcançado.