Formar uma cápsula ao redor de um corpo estranho é uma resposta natural e esperada do organismo humano. Ocorre com implantes ortopédicos, dentários, cardíacos, entre outros. Da mesma forma, acontece com as próteses mamárias. Sendo assim, podemos estar diante de um quadro de contratura capsular. A condição ideal é quando o tecido permanece macio ao redor das próteses por anos após a cicatrização.
Porém, a cápsula pode passar por um processo de espessamento, endurecimento, contrair e deslocar um ou os dois implantes de silicone. Sobretudo, se deixar a mama em formato de bola, causar dor e gerar desconforto. O processo pode começar alguns meses após o período de cicatrização e se manifestar anos depois.
Estar com contratura capsular não é uma notícia que uma paciente que turbinou os seios quer receber. O diagnóstico desta complicação é realizado de forma clínica e complementado por exames de imagens. Principalmente, pela ressonância magnética.
Principais fatores que levam à contratura capsular
As mamoplastias são umas das cirurgias plásticas mais realizadas no mundo. Assim também, são as que mais recebem investimentos constantes em pesquisa médica e em tecnologia. Felizmente, a contratura capsular é uma problema cada vez mais raro de acontecer. Cada vez mais temos observado uma evolução das técnicas cirúrgicas, materiais de sutura, assepsia no centro cirúrgico, textura e durabilidade das próteses, entre outros fatores.
Alguns fatores podem desencadear a formação da contratura capsular, mesmo tomando todos os cuidados no pré, intra e pós-cirúrgico. Por vezes, o organismo pode dar uma resposta inflamatória exacerbada e/ou prolongada, a paciente pode sofrer algum trauma na região, o organismo pode passar por uma infecção ou doença autoimune, pós-radioterapia, prótese é muito antiga ou muito grande, entre tantos outros fatores ainda desconhecidos. Estatisticamente, a incidência maior do problema ocorre entre o 2º e 10º ano após a mamoplastia.
O planejamento cirúrgico que desenvolvemos junto à paciente tem algumas medidas consideradas importantes na prevenção da contratura capsular. Por exemplo, no intra-cirúrgico escolhemos próteses texturizadas, técnica cirúrgica submuscular evitando ao máximo traumas e sangramentos, incisão submamária, entre outros. No pós-operatório, uso de medicamentos e drenos de sucção por alguns dias, repouso, assepsia na troca dos curativos, roupas de compressão, contenção máxima da infecção, entre outros. Além disso, a associação de terapias como a de radiofrequência, ultrassom e drenagem linfática manual. Esta última, indicamos algumas sessões no pré-operatório também.
Tanto quanto, a atenção às próteses de mama deve ser total até seis meses após realizar a cirurgia plástica Mamoplastia de Aumento ou a Mastopexia com inclusão de próteses mamárias de silicone. É importante, também, que a paciente faça o acompanhamento periódico das condições de suas próteses por meio de exames de imagens.
Graus da contratura capsular
A contratura capsular pode ser dividida em 4 graus de acordo com os sintomas e o exame físico das mamas, segundo a classificação de Baker:
- Grau I – A mama está um pouco mais firme do que o normal, mas ainda é flexível.
- Grau II – Apresenta contratura mínima. Ou seja, a mama está minimamente endurecida e a prótese palpável, porém não visível.
- Grau III – A contratura é média e a mama está moderadamente endurecida e a prótese palpável, além de alguma deformidade visível e início de dores.
- Grau IV – Atinge o nível grave de contratura. Assim, a mama está bem endurecida, distorcida, dolorosa e fria.
Estatísticas atuais apontam que entre 1% e 2% das cirurgias plásticas de inclusão de próteses mamárias desenvolvem algum grau de contratura durante um período de 10 anos. A troca das próteses é cada vez mais rara, embora seja indicada em situações específicas.
As contraturas de graus I e II não precisam de cirurgia. Então, as pacientes são submetidas a tratamentos clínicos a partir do uso de medicamentos associados às terapias de radiofrequência, ultrassom e drenagem linfática manual. Em contrapartida, a única solução quando o problema atinge os graus III e IV é o tratamento cirúrgico para retirada das próteses.
Explante + Mamoplastia de Aumento ou Mastopexia
Primeiramente, realizamos a cirurgia de explante das próteses mamárias de silicone junto à retirada total da cápsula (capsulectomia). Esta cirurgia é extremamente recomendada quando a contratura capsular foi diagnosticada no grau III ou IV.
É muito comum ocorrer flacidez das mamas após o explante. Então, ainda no mesmo ato cirúrgico, a paciente pode optar pela Mastopexia para elevar as mamas ou pela Mamoplastia de Aumento para manter os seios volumosos. Porém, cirurgia de implante deve ser com novas próteses, já que as retiradas não são mais reaproveitadas. Indicamos a técnica submuscular, pois o implante das próteses sob o músculo peitoral diminui o risco de reincidência da contratura capsular.
Neste caso, temos duas cirurgias. A primeira é de explante das próteses e algumas pacientes que têm planos de saúde podem ter reembolso de parte ou a totalidade dos custos para a cirurgia de explante, inclusive por reembolso.
A segunda é a de correção da flacidez e/ou implante de próteses pela qual a paciente é responsável pelo investimento. Ao optar por realizar as cirurgias no mesmo momento, a paciente tem alguma economia em comparação se as fizer separadamente.
Você pode contar conosco para fazer a prescrição médica
É necessária a autorização do seu convênio médico para realizar a cirurgia de explante das próteses mamárias, principalmente se solicitar o reembolso. Entretanto, você precisa apresentar a prescrição médica justificando a realização do procedimento. Habilitamo-nos para fazermos este documento através de um exame físico detalhado junto à consulta se tivermos a honra e o prazer de sermos escolhidos para realizar a sua cirurgia.
Talvez precise liberar as autorizações pessoalmente em uma sede do convênio e se deparar com um pouco mais de burocracia. A liberação leva, em média, até 21 dias úteis para dar a resposta autorizando ou negando a realização de cirurgia plástica por um médico não conveniado. No entanto, o convênio tem o direito de solicitar que um outro profissional avalie o caso se discordar do laudo.
Ademais, pode contar com a nossa experiência para ajudar a otimizar os seus gastos. Os valores da cirurgia estética que o convênio não cobre podem ser pagos à vista ou parcelados no cartão de crédito ou financiamento. Este é feito através de banco ou instituição financeira, pois o CFM não nos autoriza a fazer esse tipo de negociação.
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